A temática homossexual já deu e ainda vai dar muito o que falar em
“Insensato Coração”. Miguel Roncato começou a gravar, nesta quarta-feira
(13), uma participação especial na trama de Ricardo Linhares e Gilberto
Braga. O ator – solteiríssimo -, que está fazendo sucesso também no
quadro Dança dos Famosos, do "Faustão", vai interpretar Gilvan, um jovem
homossexual de 18 anos, que morrerá após um ataque de pitboys no Rio de
Janeiro. Assim que recebeu o roteiro da novela, ele contou ao UOL como
será sua participação (marcada para ir ao ar no final de julho), que
definiu como “chocante”. Saiba mais sobre o personagem e seu trágico
final na entrevista a seguir:UOL - Quem é Gilvan?
Miguel
Roncato - Ele é homossexual e já se convenceu disso. Depois que a mãe
morre, ele passa a sofrer preconceito do pai e do irmão. Acho até que
ele deve ter sofrido agressão física, porque sai de alguma cidadezinha
de interior para ir morar no Rio de Janeiro. Como não tem dinheiro, ele
vira um menino de rua. Gilvan é muito decidido e luta pelo que acredita,
tanto é que largou tudo.
UOL - Em que núcleo ele viverá?
Miguel
Roncato - Ele passa pelo quiosque da Sueli (Louise Cardoso) e fica
namorando toda aquela comida. Como ele foi bem educado pela mãe e
preserva sua memória, não rouba nada. Sueli fica com pena e o convida
para fazer uma refeição. Ele vai embora, mas acaba voltando e revela que
é gay. Acho que, nesta fase, Sueli já vai ter aceitado o fato de seu
filho (Rodrigo Andrade) ser gay também, porque, pelo que percebi do
roteiro, ela vai acolher Gilvan de alguma maneira.
UOL - Como será a morte de Gilvan?
Miguel
Roncato - Ele vai ser perseguido por pitboys, que percebem que ele é
gay, e sofrer ataques fatais. A morte dele vai ser muito violenta e
chocante.
UOL - Vai existir romance com algum personagem?
Miguel
Roncato - Acho que nem vai dar tempo de ter romance com ninguém, porque
a participação deve durar entre uma e duas semanas.
UOL - O que esse personagem significa para sua carreira?
Miguel
Roncato - "Insensato Coração" está imperdível e incrível. Foi uma honra
ser convidado. Saí do Alfredo (em "Passione"), que era um menino
padrão, para viver essa história polêmica. Estou muito feliz, porque é
meu personagem mais desafiador até agora. Não sou gay, não tenho amigos
gays, nem ninguém próximo de mim é gay. Então não está muito na minha
realidade. Estou contando com dicas de colegas de elenco que estão
vivendo esses personagens. Vai ser difícil de construir. Ele é sutil e
delicado. Se fosse um personagem caricato, seria até mais fácil de
construir.
UOL - O que você acha da novela abordar esse assunto?
Miguel
Roncato - As novelas precisam abordar fatos da realidade. O
homossexualismo é um fato. E é preciso falar do que existe, não só da
ilusão. Se tem corrupção, tem que falar. Se tem homossexualismo e
preconceito, também.
Fonte: Uol
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